sábado, 6 de fevereiro de 2010

Rafael Primot, o Ícaro da novela Bela, a Feia, concorre como autor ao Prêmio Shell de Teatro de São Paulo



Giovani Lettiere, do R7 no Rio
Rafael Primot vai se lembrar para sempre da manhã do dia 13 de janeiro de 2010. Ao acordar, o ator - que interpreta o cabeleireiro Ícaro na novela Bela, a Feia - leu na internet seu nome entre os cinco finalistas do prestigiado Prêmio Shell de Teatro de São Paulo, em sua 22ª edição. Ele concorre na categoria autor, pelo texto da peça O Livro dos Monstros Guardados, que ficou em cartaz em São Paulo até dezembro e volta em fevereiro no circuito Sesc de teatros da capital paulista. Rafael, que ainda é escritor e diretor de cinema, conversou com o R7 sobre a surpresa de ver seu nome entre dramaturgos tarimbados.
- Foi uma surpresa e tanto. Quando eu li assim que acordei, achei até que deveria estar errado. Fui ler de novo em outro site para confirmar. Em minutos, os amigos começaram a ligar para me parabenizar. Daí eu acreditei. Estou muito feliz. Só de ser indicado ao Shell já vai me abrir muitas portas. Principalmente por eu ser mais novo. Foram quase 200 espetáculos em cartaz e só cinco selecionados, entre eles o meu!
Concorrem ainda, na mesma categoria de Rafael, os conhecidos José Fernando Azevedo, por Cidade Desmanche; Paulo Faria, por Meio Dia do Fim; Eduardo Ruiz, por Chorávamos Terra Ontem à Noite, e Pedro Cesarino com Raptada pelo Raio. O homenageado desta edição será o diretor, ator, ensaísta e tradutor Fernando Peixoto, pela contribuição ao teatro brasileiro. A noite de gala da ribalta acontece em março.
Nascido em Itapeva, interior de São Paulo, Rafael tem apenas 28 anos e escreveu há cinco anos o espetáculo, que mostra sete personagens falando sobre suas vidas, revelando segredos, numa história que se entrelaça no fim. No elenco está Sandra Corveloni, premiada no Festival de Cinema de Cannes de 2008 pelo filme Linha de Passe, de Walter Salles.

- É meu primeiro texto adulto que foi encenado. Antes só havia feito uma peça infanto-juvenil. Tivemos muita dificuldade para encontrar um teatro que se dispusesse a apresentar a peça, que trata do universo underground. É um texto de alto risco. Encontramos muita rejeição dos espaços. Mas daí ganhamos um edital para novos dramaturgos e as portas se abriram de vez quando a Sandra Corveloni encampou o projeto.

Multimídia, Rafael está cheio de projetos para quando terminarem as gravações da novela da Record, em maio.
- Vou rodar como diretor o filme Dois Macacos Mais Um, com Bárbara Paz, Débora Falabella e Sandra Corveloni no elenco. Atuarei na peça Off-Broadway O Inverno da Luz Vermelha, com direção de Monique Gardemberg, e lançarei meu livro, Um Dia Ele Foi, sobre a história de dois irmãos criados pela avó. Um vai para a Europa e volta, 15 anos depois, como travesti. É uma metáfora sobre chegadas e partidas. Acabei de escrever também outra peça, sobre a velhice.
A impressão que se tem é que Rafael não para. E não mesmo.
- Eu tenho muito tempo livre ainda. Se fosse organizado poderia render até mais.

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